sexta-feira, 28 de dezembro de 2012



Sim foi difícil mas quem disse que seria fácil?
Afinal a vida não é um mar de rosas
E todos os espinhos servem de aprendizagem
Todos os dissabores ajudam-nos a crescer
Como nada cai do céu temos de ir à luta
Este é o espírito guerreiro que conservo em mim
Muito por culpa das minhas raízes vimaranenses!
Orgulho-me do berço onde nasci
Dos amigos que conquistei ao longo da vida
Da maior dávida de Deus : o meu marido Daniel Carvalho..
Dos meus animais lindos que me enchem o coraçao
De tudo o que amealhei a pulso
Das batalhas que perdi
Das outras que venci
Sem nunca ter medo de ir à luta
Aprendi a viver um dia de cada vez
Sem traçar metas, viver ao sabor do vento
Aproveitar cada instante, cada momento
Sem arrependimentos ou mágoas
Aprendi a perdoar a quem me fez mal
Porque Deus onde está não dorme
E sempre a valorizar quem gosta de mim e me trata bem!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Só agora se lembram do espírito de Natal?



Esta é uma pergunta que faço a mim própria sempre por estas alturas....será que só agora as pessoas se lembram de cultivar o verdadeiro espírito de Natal? Continuo fiel ao lema de que o "Natal é sempre quando um homem quiser" e fico totalmente revoltada com aquilo em que transformaram esta quadra natalícia...é um tempo de consumismo exagerado, nos shopings não se pode andar tamanha é a quantidade de pessoas que se aglomera dentro daquelas quatro paredes (a mim não me apanham lá agora), nas televisões é só anuncios a apelar a compras e mais compras, sobretudo direcionados para os mais pequenos....o espírito de Natal deve ser cultivado em todos os dias do ano...ajudando o próximo, o nosso irmão que sofre, que passa frio, fome, que está sozinho, fazendo sempre o bem, sem guardar rancor a quem nos quer ou tenta fazer mal, agradecer a Deus a dádiva de mais um dia que passou...este sim é o verdadeiro espírito de Natal!!!!
A Liberdade é sempre um belo acto de renúncia. Não conseguirá ser livre quem se sentir amarrado a alguma coisa. Não é livre quem se apega demasiado aos bens materiais. Não é livre quem se julga dono da verdade e não aceita os conselhos nem a opinião dos outros. Só é livre quem vive em permanente disponibilidade: para a Verdade, para o Amor, para a Justiça e para o Bem. Lembre-se de que no menor esforço de renúncia reside uma imensa força de libertação.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Um país assim não pode crescer!


Infelizmente, parece que a população mais jovem está a seguir o lamentável repto deixado por Passos Coelho há alguns meses quando incentivou os portugueses a encontrarem outro rumo na vida no estrangeiro. Isto porque de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) entre Junho do ano passado e Junho deste ano 65 mil jovens, na sua maioria recém-licenciados, saíram de Portugal à procura de um melhor futuro. E, só no primeiro semestre deste ano, 44 mil cidadãos, entre os 25 e os 34 anos, saíram do país, por entre uma imensa tristeza como já foi possível constatar em inúmeras reportagens televisivas, porque para trás deixaram os seus familiares e amigos rumo a uma aventura no desconhecido.
Jorge Malheiros, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, afirmou, na semana passada, em declarações à TSF “que a queda foi mais acentuada entre os homens, sendo o sexo masculino o mais afectado pela crise e pelo desemprego”.
Este é mais um resultado da famigerada crise que afeta o país e o mais grave é que estamos a perder mão-de-obra de qualidade, aproveitada, depois, por outros países. Como lhes oferecem melhores condições de vida, em todos os aspetos, estes emigrantes lusos acabam por se destacar nas diversas áreas em que se especializaram, designadamente no que toca às ciências e investigação. Pergunto: é este o futuro que queremos para o nosso país?
Assim como poderemos inverter as tendências negativas da economia e conseguir o tão desejado crescimento que nos permita sair do grande sufoco em que quase todos nós nos encontramos? Estas e outras perguntas gostava mesmo de colocar aos nossos governantes, porque nada estão a fazer para travar este flagelo. Antes pelo contrário! Às tantas, digo eu, até lhes convém que os jovens recém-licenciados emigrem para que as filas nos Centros de Emprego diminuam e a taxa de desemprego não aumente.
Mais uma triste consequência da forma como somos governados que, ao invés de incentivarem os mais novos - na sua maioria com grandes capacidades intelectuais, comprovadas pela sua formação e especialização - a lutarem pelo crescimento de um país à beira da estagnação, prefere mandá-los para outras paragens. Lamentável!!!!!

Susana Cardoso

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dar de comer a quem tem fome


De louvar a recente criação do “Movimento Zero Desperdício”, numa iniciativa levada a cabo pelo cidadão António Costa Pereira, com o intuito de aproveitar as sobras diárias de grandes superfícies e restaurantes e, desse modo, alimentar muitos portugueses, que de outra forma não têm maneira de ter comida na mesa. No espaço de apenas meio ano mais de 55 mil refeições foram recuperadas com o apoio também de refeitórios de empresas e de grandes eventos realizados, este ano, como o Rock in Rio, Optimus Alive e Estoril Open. “É um número que, todos os dias, felizmente, tem vindo a aumentar, porque, infelizmente, cada vez há mais pessoas com necessidades”, confessou, na semana passada, o responsável por esta iniciativa aos microfones da TSF.
Sob o lema “Portugal não se pode dar ao lixo”, são também avançados os seguintes números na página oficial deste movimento, que nos fazem pensar, e muito: 360 mil pessoas passam fome no nosso país; 20 por cento do nosso lixo é comida; um terço da comida produzida no mundo acaba no lixo, em quantidade suficiente para alimentar 3 mil milhões de pessoas; 50 mil refeições acabaram diariamente no lixo dos restaurantes de todo o país. Infelizmente, parece que estamos a voltar ao período antes 25 de Abril de 1974, durante o qual muitas famílias viviam em claras dificuldades, transformando-nos numa espécie de país do terceiro mundo. Então com toda a austeridade imposta pelo Governo, cujo ponto alto foi a apresentação do orçamento de Estado para 2013, onde, uma vez mais, é quem trabalha que paga uma crise que não criou, não há forma de a atual situação melhorar. Vai piorar, de certeza absoluta, porque citando apenas uma das medidas para reduzir a despesa, vão ser despedidos 10 mil funcionários públicos. Ao invés de cortarem nas gorduras do Governo, seguindo o exemplo de muitos países, onde os ministros reduziram o seu ordenado e acabaram com várias regalias, voltam a carregar nos trabalhadores. Claro que vamos assistir a mais famílias a recorrerem aos bancos alimentares, à espera do seu cabaz, para conseguir uma refeição digna em casa. Triste realidade a nossa, porque tal como dizia José Sarney “a fome é uma agressão à liberdade e à vida”!

 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Meio país a arder


Se há coisa que me mete repulsa são os inúmeros fogos que dizimam hectares e mais hectares de florestas no nosso país, chegando mesmo, em muitos dos casos, a colocar em risco a vida das pessoas, além das suas próprias habitações. Para tal basta lembrar o que sucedeu recentemente na Madeira, uma das mais catástrofes de que há memória, e, ainda na semana passada, em Chaves e Tomar, onde o desespero da população deixava qualquer um consternado. Sem esquecer a desgraça de uma paisagem que outrora era verde e, de repente, por obra de um monstro, ficou negra como carvão, também muita gente que vivia do trabalho da terra e da criação de animais, ficou sem o seu sustento diário. Nem quero imaginar o sofrimento daquela gente na dura batalha travada contra o avançar das chamas, não conseguindo pregar olho porque, a qualquer momento, pode haver algum reacendimento que volta a envolver nova luta. Isto sem falar, é claro, no trabalho notável e também ele de sofrimento intenso das corporações de bombeiros, os soldados da paz que são incansáveis no trabalho que desenvolvem. E, se não fazem mais, é porque, infelizmente, não têm mais meios para tal, restando-me dar-lhes um enorme voto de louvor, também em memória daqueles que faleceram.
Desde o início do Verão foram identificados e capturados dezenas de incendiários que sem uma medida de sanção à altura da monstruosidade que cometeram, são raros os casos em que aguardam julgamento na cadeia, ficando apenas sujeitos a termo de identidade e residência. Pergunto-me: Como é que isto é possível? Depois muitos deles vêm com a desculpa esfarrapada de que sofrem de perturbações mentais e acabam por sair ilesos do crime que cometeram. Enquanto não houver uma justiça dura e severa sobre estes seres desprezíveis que ateiam as chamas nos lugares mais recônditos e de difícil acesso, os fogos vão continuar a assolar o nosso país. Mas esta também é uma realidade vivida em quase toda a Europa que me revolta profundamente. Parece que as pessoas não sabem, ou não querem saber, do bem que faz a natureza, do are saudável que se respira nas montanhas, e que, pelo menos, de alguma forma, nos protegem da poluição que vai aumentando a olhos vistos e nos permitem também relaxar do stress diário. Façam por proteger a natureza e tudo aquilo que a rodeia. É um bem precioso do qual todos podemos desfrutar!

Susana Cardoso


Revolta popular cheira a revolução

O passado dia 15 de Setembro vai ficar gravado na história como o momento da reviravolta em Portugal, onde a força do povo saiu para a rua numa das maiores manifestações de sempre em várias cidades do país que juntou milhares de pessoas em protesto aceso pelas constantes medidas de austeridade anunciadas pelo Governo. Olhar para aquelas imagens, onde crianças, jovens, adultos e idosos se juntaram a uma só voz foi arrepiante e até me deixou emocionada, fazendo lembrar o 25 de Abril de 1974. Aliás, uma imagem de uma senhora a oferecer um cravo vermelho a um agente da autoridade, captada por um fotógrafo da TVI, ficou-me na retina e era clara a alusão à Revolução de Abril. Também muitos ergueram cartazes a pedir aos polícias para tirarem as fardas e juntarem-se ao povo!
E, nem foi preciso que alguma força política organizasse o protesto. A ideia saiu das redes socais e os portugueses disseram “sim” e desfilaram por várias artérias de Lisboa, Porto, Braga, Viseu, entre outras mais cidades, deixando clara a ideia de que este Governo já deixou de servir os nosso destinos há muito tempo.
Com o desemprego a disparar, os impostos a subir, as pessoas sem poder de compra e, muitas delas, já sem dinheiro para comer, aumentando os pedidos de auxílio nos bancos alimentares contra a fome, é notório o estado a que chegou a nossa nação. Este é um país sem perspectivas de futuro, sem esperança, onde os cidadãos pedem a demissão dos actuais governantes, esquecendo-se, contudo, que se eles estão lá foi porque a maioria dos eleitores votou neles. Não me incluo neste grupo porque nas eleições coloquei a cruz num partido diferente e, por isso, estou de consciência tranquila mas solidária com tudo e todos. Não se aguenta mais tanta opressão sobre quem dá o litro no dia-a-dia no seu emprego. Tiram aos pobres para dar aos ricos e, infelizmente, os que trabalham é que pagam este grave crise financeira.
Depois, fiquei ainda mais espantada com a atitude inqualificável de Paulo Portas que mesmo sendo contra o aumento de 7 por cento nos descontos dos trabalhadores para a Segurança Social, anunciado por Pedro Passos Coelho par 2013, não quis colocar em causa a coligação e, então, optou por não fazer valer o que defende. Ou seja, vai deixar ir avante estas e outras medidas anunciadas pelo Primeiro-Ministro, escondendo-se na sua concha, com medo, é claro, de perder o seu posto. Sem palavras esta atitude!!!! Que políticos são estes que nos governam? Palpita-me que pelo andar da carruagem isto não vai aguentar até ao final do ano… e todos vamos aplaudir a queda destes sugadores e seguidores de uma troika que não faz cá falta nenhuma.

Susana Cardoso

sábado, 28 de julho de 2012

Mais cultura para todos!


No mundo atual onde o stress e as crises de ansiedade são uma constante, basta para tal relembrar que somos um dos países da Europa que mais consome anti-depressivos, fruto de uma crise económica, mas também de valores e princípios, as pessoas deviam tentar encarar a vida com outros olhos. Há tantas formas de relaxar sem necessidade de muitos gastos, como por exemplo, um passeio pelo parque, uma tarde passada numa esplanada, uma ida à praia. E, porque não visitar exposições e espectáculos promovidos de forma gratuita ou, então, fazer-se acompanhar por um bom livro.
É tudo uma questão de fazer uma pesquisa na internet nos sites das autarquias ou consultar os cartazes das festas e romarias cujo apogeu acontece, agora, no Verão. Mas aqui o Governo também devia ter um papel mais interventivo, possibilitando que a cultura fosse um bem ao serviço de todos, o que não acontece com os cortes e mais cortes no sector. Até se compreende se reflectirmos nas palavras do poeta António Lobo Antunes sobre este tema: “A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos”. Estamos neste mundo para aprender a cada dia que passa e a sede do saber nunca é demais. Posso dizer que, este ano, nas Festas de São Bento assisti a um excelente concerto da Áurea, uma artista portuguesa celebrizada por cantar em inglês, e já no ano passado, também em Santo Tirso, adorei o espectáculo promovido pelos Amor Electro. E, tudo isto de forma grátis.
No que toca aos livros, claro que os preços exorbitantes praticados nas livrarias não estão ao alcance de todos, mesmo até com os descontos praticados nas feiras de livros realizadas de Norte a Sul do país, mas como, desde há uns meses, tenho participado em Feiras de Coleccionismo e Antiguidades, lanço o repto para que todos visitem estes espaços. Aqui encontram-se verdadeiras relíquias a preços imbatíveis mas, na maior parte das vezes, as pessoas passam pela banca, olham para os títulos mas nem sequer perguntam o valor dos livros. Parece que têm medo, receio…perguntar não custa e de certeza que perante tais valores iam para casa mais enriquecidos culturalmente. Pode ser que os tempos mudem as vontades e a forma de olhar a vida com outros olhos!!!!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sangue lusitano!

Portugal minha pátria adorada
Berço onde nasci e do qual me orgulho
Somos um povo valente
Com alma de conquistadores
Devemos manter essa alma do passado
Em prol de um futuro melhor
Pioneiros nos descobrimentos
Com uma cultura de assinalar
Desbravamos mares desconhecidos
Ultrapassamos barreiras
Este espírito de crença e força
faz falta a muitos portugueses
capazes de renegar as suas origens
Deixemo-nos de ser os coitadinhos
Temos de levantar a cabeça
Aceitar novos desafios
Perder o medo e os estereóripos
Lançar-nos em busca de conquistas
E dar valor ao que é nosso
Só assim seremos uma nação valente e imortal!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Anjos para todos os gostos

Mais uma exposição fantástica no âmbito de Guimarães Capital Europeia da Cultura. Desta vez dedicada aos anjos, intitulada "Angelorum", mil anos de anjos.
Como apaixonada por anjos (tenho uma coleçao com mais de seis dezenas de exemplares e vai continuar a aumentar) fiquei encantada com o que assisti no Museu Alberto Sampaio. Aconselho vivamente uma visita a todos...e ja agora apressem-se porque termina a 31 de Maio.
Aqui ficam alguns dos exemplares expostos:

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Atrocidades antes do Euro’2012





Para os amantes do futebol e da Selecção Nacional vão-se contando os dias para o início do Euro’2012, evento organizado, em conjunto, pela Polónia e Ucrânia, mas o que muitos desconhecem são as atrocidades que estão a ser cometidas pelas autoridades ucranianas. De acordo com o site oficial da PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) – uma organização não governamental, fundada em 1980, com dois milhões de membros e que se dedica a defender os direitos dos animais – milhares de cães e gatos que vagueiam pelas ruas estão a ser envenenados, abatidos a tiro e queimados vivos, de modo a encobrir a negligência das pessoas e a dar uma imagem enganadora do país aos visitantes durante o campeonato europeu. Os vídeos que acompanham esta notícia são demasiados chocantes – eu não os consegui ver até ao fim - e provam a crueldade de que alguns seres ditos humanos são capazes de cometer sem dó nem piedade.

Segundo a mesma organização, as autoridades de Lysychansk e Mariupol, entre outras cidades da Ucrância, estão a utilizar “camiões crematórios”, fato anunciado, imagine-se, na televisão nacional, e usados para estes massacres a seres inocentes que, infelizmente, foram abandonados à sua sorte e não têm como se defender.

Em pleno século XXI como se pode ter coragem de praticar tais atos desumanos? Só mesmo vindo de verdadeiros monstros que não fazem falta nenhuma à sociedade e me deixam com uma revolta que nem imaginam.

Para mim os animais são dos melhores seres do mundo – em casa tenho três, um cão e dois gatos, que considero como parte da minha família – e sempre me envolvi em causas contra estas atrocidades dantescas. Não compreendo como há pessoas capazes de as cometer e de nossa parte só nos resta fazer chegar a nossa indignação e revolta à embaixada da Ucrânia em Portugal ou mesmo ao governo ucraniano porque os culpados têm de ser punidos e estes atos têm de ser denunciados.

Visitem o site da PETA e ajudem a salvar os animais, melhores amigos do Homem, porque tal como disse, um dia, o actor Richard Gere “como zeladores do planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as espécies com carinho, amor e compaixão. As crueldades que os animais sofrem pelas mãos dos homens está além da nossa compreensão. Por favor, ajude a parar com esta loucura”.

Susana Cardoso

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Governo continua a surpreender!


Tal como eu, milhares de portugueses ficaram abismados quando confrontados com as recentes declarações de Passos Coelho a propósito do desemprego: “Isto não pode ser um sinal negativo. Desperdir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida”, afirmou o Primeiro-Ministro no lançamento do Programa Estratégico +E +I (Mais Empreendedorismo, Mais Inovação). Num país com cerca de um milhão e 200 mil desempregos, cujos números continuam a subir diariamente e formam filas imensas nos Centros de Emprego, como é que se pode ter o desplante de tecer tais comentários, vendo o desemprego como uma oportunidade. Oportunidade para quê?! Eu interrogo-me como é que as condições atuais do mercado de trabalho podem ajudar os cidadãos a mudarem de vida se continuam cada vez mais empresas a fechar…quem dera a muitos ter essa tão desejada oportunidade para saírem do abismo onde se encontra. E, depois ainda acrescenta que “muitos dos licenciados preferem ser trabalhadores por conta de outrem do que serem empreendedores”. Eu pergunto quais as ajudas ao nível do investimento que o Governo criou para ajudar os jovens a abrirem os seus próprios negócios?
Depois de ter dito aos portugueses para deixarem de ser “piegas”, Passos Coelho vem com mais esta barbaridade, esquecendo-se dos dramas diários de imensas famílias, muitas delas obrigadas a recorrer à ajuda dos bancos alimentares para conseguirem ter uma refeição condigna na mesa.
Mas eu até tinha uma solução para este caso: colocar o Sr. Primeiro-Ministro e respetiva família a viverem durante um mês com o subsídio de desemprego, na sua maioria, muito abaixo do salário mínimo nacional, e com todas as normais despesas de um lar para pagar. Aí sim ficará a par da realidade, porque, nesta altura, e a julgar pelos seus recentes discursos, anda totalmente desencontrado com o que se passa no país real.

Susana Cardoso

sexta-feira, 11 de maio de 2012

" A Força "

A Força da Alma não Basta sem o Conhecimento da Verdade É verdade que há pouquíssimos homens tão fracos e irresolutos que desejem apenas o que a sua paixão lhes dita. A maioria tem determinados julgamentos, pelos quais pautam uma parte das suas acções. E embora frequentemente esses julgamentos estejam errados, e mesmo se fundamentem em algumas paixões pelas quais a vontade anteriormente se deixou vencer ou seduzir, entretanto, como ela continua a segui-los quando a paixão que os causou está ausente, podemos considerá-los como suas prórpias armas, e pensar que as almas são tanto mais fracas ou mais fortes quanto menos ou mais conseguirem seguir esses julgamentos e resistir às paixões presentes que lhes são contrárias.
Mas há no entanto grande diferença entre as resoluções que procedem de alguma opinião errada e as que se baseiam apenas no conhecimento da verdade; tanto que, se seguirmos estas últimas, estamos seguros de nunca sentirmos pesar nem arrependimento, ao passo que sempre os temos por haver seguido as primeiras, quando descobrimos que estão erradas.

René Descartes, in 'As Paixões da Alma'

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Instituições solidárias em risco


Nas últimas semanas tenho assistido a uma multiplicação de ações promovidas por algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) em busca de apoios financeiros. Tanto em grandes superfícies comerciais ou até mesmo em centros de saúde, lá estavam as responsáveis, devidamente identificadas, a solicitar a ajuda dos cidadãos com donativos.
Não consegui ficar indiferente a estes apelos e lá fui ajudando como podia, porque, infelizmente, as dificuldades económicas atingem quase todos. Mas sei da importância destas instituições, para muitos autênticos lares, onde recebem todo o apoio, aconchego e carinho que falta lá em casa, ou, em muitos casos, pelo incompreensível e abominável abandono completo por parte dos familiares mais próximos.
E, estas acções não nasceram por obra de causa, sendo fruto da grave crise porque, de acordo, com o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), “das 2700 filiadas no CNIS, cerca de 10 por cento estão a atravessar muitas dificuldades”. Este flagelo social foi alvo de um recente congresso, realizado em Lisboa e no Porto, no qual o Ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, lembrou que “as parcerias são fundamentais”, designadamente no que toca à troca mútua de transportes, de equipamentos de apoio aos deficientes, entre outras valências, mas que “o Estado não pode abdicar das suas responsabilidades”.
Espero mesmo que isto seja concretizado porque estas instituições além de empregarem mais de 250 mil pessoas, prestam cuidados essenciais a crianças, idosos, doentes e famílias carenciadas, e nos tempos atuais, são cada vez mais procuradas porque a pobreza extrema continua a atingir, a um ritmo avassalador, imensas famílias no nosso país. Não podia terminar este meu artigo sem uma citação de um dos meus escritores favoritos, Gabriel Garcia Marques, sobre a solidariedade: “Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se”. Isto sim é ser solidário!


Susana Cardoso

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ser amigo é isto mesmo......dedicado a todos os meus verdadeiros amigos

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Despedir a troco de nada!


Foi com grande consternação que tomei conhecimento da intenção do Governo em reduzir, já a partir de Novembro, as indemnizações por despedimento para seis a dez dias por cada ano de trabalho, depois de, no ano passado, já ter procedido a uma diminuição de 30 para 20 dias. E, então, a justificação do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, é de bradar aos céus: “Esta é a média europeia”, esquecendo-se que Portugal tem dos ordenados mínimos mais baixos da União Europeia, já para não falar de outras discrepâncias noutras matérias que vão além da legislação laboral, em comparação com os 27 países da zona Euro.
Depois da eliminação de feriados nacionais e outros religiosos, de quererem aumentar o horário de trabalho, dos cortes nas horas extra, sem esquecer as outras tesouradas dadas em outros sectores, designadamente na saúde, educação e cultura, também pretendem aumentar para 17 meses o período mínimo para que um trabalhador tenha direito a ser indemnizado em caso de despedimento.
Para o Governo estas são “medidas fundamentais para tornar o mercado de trabalho mais competitivo”, colocando as empresas “numa melhor posição face às suas concorrentes europeias, permitindo criar melhores postos de trabalho”. Como?! Repita lá outra vez que eu não entendi. Como se a competitividade pudesse ser alcançada por esta via…como estão enganados. Favorecem, sim, os patrões, aumentando a exploração do proletariado num país onde já existem um milhão e 200 mil desempregados, isto sem contar com os trabalhadores precários. Sérgio Dal Sasso, empresário brasileiro, consultor empresarial e escritor tem uma frase chave: “O mundo a que chamamos de competitivo, na verdade foi desenhado pela agressividade comercial, amparado por um marketing esperto e nem sempre honesto, para poder gerar impulsos de decisões de compra”.
Em Portugal estes impulsos estão diminutos, dado o baixo poder de compra de cada cidadão, com os bolsos mais vazios e mais descrentes nos governantes. Triste realidade a nossa, onde é que isto vai parar?
Susana Cardoso

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ao meu Deus


Amar, brincar, dançar
Rir até não poder mais
Deixar-me levar pelas emoções
Sem medo de me perder
Estender a mão a um amigo
Sem pedir nada em troca
Deixar o sol brilhar
Num gesto sentido
Em sonhos vibrantes
Dando graças diárias
Em pequenos gestos sentidos
E em benções iluminadas
Deus é o meu suporte
Conto com ELE para me guiar
Não só nas horas más
Mas também nos bons momentos
Agradecendo-lhe cada graça concedida
E também cada mágoa passada
Só assim podemos crescer
Encarar a vida com outros olhos
Irradiar luz interior
Estar de bem com a vida

Susana Cardoso

Força e coragem


Quantos obstáculos ja derrubei
Mas nunca me fui abaixo
Sempre encontrei forças escondidas
Energia positiva para me livras das más vibrações
A vida continua a mostrar-me provações
Mas sei que tenho de passar por elas
Porque assim só ficarei mais forte
A paz de espírito nunca a perdi
Tal como as minhas ideias e convicções
Fiel aos meus princípios
Vou subindo cada degrau
Certa de que a vitória está nas conquistas diárias
Nos momentos mais simples
E na beleza natural das coisas e pessoas
Sou dura como uma rocha
Com a coragem de um leão
E a força de uma conquistadora
Isto ninguém me tira
E se crio invejas por aí fora
É porque realmente tenho valor
Não sou de falsas modéstias
Sei das minhas qualidades
E também das minhas fraquezas
Não sou perfeita
Mas sou única
Tal como cada ser humano
Tento fazer o melhor para mim e para os outros
Entrego-me ao amor em todas as suas formas
Apoio quem realmente gosta de mim
Aos que me querem mal
Só tenho uma coisa a dizer
"O que não me derruba só me torna mais forte"
A inveja é um sentimento muito feio
Corrói por dentro e consome o invejoso
A esses é melhor dar ao desprezo
Devo sim valorizar quem gosta de mim
Quem me dá o real valor
Esses merecem tudo de mim
Quanto aos restos não preciso deles
Já sou feliz com as estrelas do meu céu!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pode o Céu Ser Tão Longe (Pedro Abrunhosa)

Outro poeta...mas da música!!!!
 
 
 
Vesti a luz do teu nome
E chamei-te pela noite,
Entraste no meu sono
Como o luar entra na fonte.
Trazes estórias e proezas
Dizes que tens tanto pr'a me dar,
Deixas sombras, incertezas,
E partes sem nunca me levar.
E de repente
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância,
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo
É tão longe,
Tão longe,
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe,
Se a tua voz vive em mim.Há um deserto que fica,
Sou um capitão sem barco,
E quando vens pela bruma
Acendem-se estrelas no quarto.
E dizes:
"Trago a luz das sereias,
Trago o canto da tempestade".
E como o vento na areia
Deitas-te em mim feita metade.
E de repente
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo

É tão longe,
Tão longe
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe
Se a tua voz vive em mim.

Canção do Dia de Sempre (Mário Quintana)

Um dos meus poetas preferidos!!!

Tão bom viver dia a dia…
A vida assim, jamais cansa…
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu…
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência… esperança…
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…

Revolução precisa-se!



Sim, tenho um espírito rebelde e revolucionário que, agora, mais do que nunca, está à flor da pele. Nunca o país chegou ao estado atual! As medidas de repressão são diárias, é só cortes e mais cortes, falam em apertar o cinto mas já não se aguenta mais… a miséria aumenta a cada dia que passa, em especial a pobreza escondida que é das mais difíceis de combater, a precariedade no trabalho através dos falsos recibos verdes alastra de uma maneira assustadora junto da classe jovem, os idosos são abandonados à sua sorte, muitos já não têm dinheiro para pagar a sua medicação mensal, o aumento das taxas moderadoras na saúde são gritantes, as instituições sociais têm cada vez mais crianças sob a sua alçada, as reformas antecipadas estão congeladas até 2015, os principais valores vão-se perdendo...e tanto mais que poderia ser escrito sobre o estado a que isto chegou, tal como disse há 38 anos (assinalados no próximo dia 25 de abril) o saudoso Salgueiro Maia, um dos grandes impulsionadores da Revolução de Abril.
No meu entender, é preciso uma outra revolução, alguém que diga "basta" para uma reviravolta de 180 graus na forma como a sociedade é governada. A maioria dos portugueses queixa-se e queixa-se só que não faz nada. Perdeu-se o princípio da união, porque juntos somos uma força. Muitos esquecem-se disso por medo de represálias ou porque, simplesmente, não estão para se chatear com batalhas que pensam não ser suas. Como estão enganados porque se o povo não fizer nada não sei onde isto vai parar…afinal estamos ou não numa democracia?
De minha parte, sempre irei tentar demonstrar a minha revolta, quer pela escrita, por um simples discurso ou pela participação em manifestações em defesa dos direitos readquiridos depois do 25 de Abril de 1974 que, infelizmente, a pouco e pouco, estão ser retirados de uma forma atroz. Por isso peço a todos: levantem-se, ergam as mãos e dêem o vosso grito de revolta. Já dizia Martin Luther King, pastor evangélico que lutou em defesa dos direitos sociais para os negros e mulheres, combatendo o preconceito e o racismo: "O que mais me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons."

terça-feira, 10 de abril de 2012

Pedras no caminho

Um dos mais belos poemas de Fernando Pessoa



"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Revolta

Perdem-se os valores
vão-se os princípios
este é o estado
a que chegou a Nação!

Há muitas vozes do contra
mas poucas dão o seu grito
ai meu rico Portugal
... o que será feito disto?

Entre a miséria escondida
e o caos na sociedade
poucas coisas nos restam
para gritarmos liberdade!

Não queremos de volta
os tempos do fascismo
onde tudo era proibido
e caímos no abismo!

É hora do povo sair para a rua
lutar pelos seus direitos
contra este regime de opressão
que nos deixa insatisfeitos!

Não calem a vossa revolta
sejam firmes na luta
mantenham a esperença
em que tudo isto resulta!

Não se deixem influenciar
por opiniões alheias
mantém-se fiéis
às vossas ideias!

A democracia está a perder-se
mas o poder está nas nossas mãos
temos todos de nos unir
em prol da nossa nação!

Basta de precariedade
de corruptos e opressores
chega de barbaridades
neste mundo de roedores!

Queremos manter-nos firmes
às nossas convicções
pelo menos esta riqueza
não nos é levada pelos ladrões!

Susana Cardoso, 3 de Abril de 2012
 
 
Luta e criatividade

Fecha-se uma porta
abre-se uma janela
saem metas do caminho
entram sonhos renovados
calejada pela vida
nunca desisto de nada
lutar até à exaustão
esse é o meu lema
... sem nunca cruzar os braços
enfrento cada batalha
porque mesmo se não vencer
saberei que pelo menos lutei
não me acomodei às circunstâncias
e procurei dar o primeiro passo
dar azo à minha criatividade
da-me uma enorme satisfação
longe das preocupações
apenas eu e o pincel
tentamos dar luz a um objecto
e em todas as minhas obras
há um pedaço de mim que fica
uma história materializada
para depois ser contada!
 
Susana Cardoso

A ressureição de Jesus nos nossos corações!




A Páscoa, uma das celebrações mais importantes para os cristãos, relembra-nos o papel determinante de Jesus nas nossas vidas. Mesmo com a pluralidade de religiões existentes, as quais merecem o meu respeito, à excepção de algumas onde o fanatismo dá lugar à violência – o que eu não compreendo e repudio - todas acabam por ter o seu próprio Deus, a quem adoram e idolatram. No Cristianismo, Jesus é uma força viva que se mantém presente nos nossos corações, inundando-nos de amor pelo próximo e entre a celebração da sua ressurreição, três dias depois da sua morte por crucificação, fica a certeza de que nunca estamos sós. Nos momentos de maior tormenta ou de glória Ele está connosco a ajudar-nos a ultrapassar cada obstáculo e a felicitar-nos por mais uma batalha vencida.
Aqui não podia deixar de falar no célebre poema “Pegadas na areia”, escrito em 1964 pela canadiana Margaret Fishback Powers que, além de ser uma crente convicta, mantém um ministério internacional voltado para a evangelização de crianças.”Muita gente pensa que é fruto apenas da minha criatividade. Porém, para mim, o poema foi uma experiência bem real, composto num momento de grandes expectativas e poucas certezas na minha vida”, disse a autora. A quem não o conhece aconselho vivamente a ler, porque tem inspirado e confortado milhões de pessoas há quase meio século. Para tal cito a última passagem: “(…)Meu querido filho jamais de deixaria nas horas da prova e do sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que peguei em ti ao colo”.
É este amor tão puro e verdadeiro que nos liga a Jesus Cristo mas não devemos apenas pedir-lhe auxílio quando nos deparámos com problemas. Devemos sim agradecer-lhe a cada dia por estarmos vivos e com saúde. Quer nos bons ou maus momentos o nosso pensamento tem de estar com Ele…e como sabe bem chegar a uma igreja ou ajoelhar-nos perante uma imagem e ficarmos durante minutos num importante elo de ligação com tamanha força superior. Dá-nos paz de alma e espírito, tranquiliza-nos e, por vezes, tal como já me aconteceu, somos levados pela emoção. Mas são lágrimas de felicidade por termos no nosso coração tão magnífico ser.

Susana Cardoso

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aparências que só iludem…


É com pena que assisto a uma sociedade cada vez mais desprovida de valores essenciais, como a fraternidade, solidariedade, capacidade de reivindicação, luta e de reacção perante as dificuldades. A maioria das pessoas opta por se fechar na sua própria concha e viver apenas agarrada às aparências, que, bem lá no fundo, só iludem. Nunca como agora estas palavras de Roberto Shinyashiki – psiquiatra, conferencista, empresário e escritor brasileiro, que nos seus livros aborda temas como a qualidade de vida e motivação – encaixam na realidade actual: “Seja uma pessoa que valoriza a essência, não a aparência. Cultive os valores mais profundos e não caia na tentação de se tornar um "super" num mundo de estrelas sem brilho próprio”.
De facto, tem razão…é vê-los e vê-las por aí a desfilar pelas ruas, com toda a pompa e circunstância mas se os virarmos de cabeça para baixo pouco ou nada se aproveita.
Perdeu-se quase tudo...a capacidade dos mais novos brincarem na rua recorrendo aos jogos tradicionais, mexeram na terra, correrem pelos campos…agora passam o tempo enfiados no quarto, agarrados à playstation ou a outras tecnologias do género.
Perdeu-se o valor de um sorriso e de um simples abraço....de ajuda ao próximo sem pedir nada em troca...do espírito de união para tentar mudar algo...da capacidade de reclamação a quem de direito pelos nossos direitos fundamentais. Queixam-se e queixam-se mas acabam por não passar das palavras aos actos!
Não sou melhor nem pior do que os outros, sinto-me apenas diferente, porque dentro de mim tento preservar valores que me foram transmitidos pelos meus pais e outros que adquiri ao longo da minha vivência....Sim, sou rebelde, tenho um espírito revolucionário bastante aceso mas é isso que me dá força e capacidade para lutar todos os dias!!! Graças a Deus que sou assim e cada vez menos me revejo nesta sociedade mesquinha e praticamente sem princípios.
Abram os olhos enquanto é tempo, acordem a vossa consciência e façam por ser diferentes…não se tornem fotocópias!!!

A leitura devia ser um bem ao serviço de todos

Comemorou-se na passada terça-feira o Dia do Livro Português, data instituída por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Autores para assinalar a primeira impressão de um primeiro livro em Portugal – o Pentateuco, escrito em hebraico e impresso a 26 de Março de 1487 nas oficinas do judeu Samuel Gacon, em Faro. Mas só dez anos mais tarde foi impresso no Porto o primeiro livro totalmente escrito em português, num processo conduzido por Rodrigo Álvares, com o título “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.
Certo é que ao longo dos tempos o livro tem contribuído para a evolução da Humanidade, sem esquecer a promoção da cultura, educação, ciência e história. Com autores e livros para todos os gostos ao dispor no mercado, esta data é também uma boa forma de homenagearmos e mantermos vivos na memória os grandes talentos nacionais da escrita, tanto os clássicos como os modernos, que através das suas próprias formas de expressão orgulham o país, com especial destaque para José Saramago, galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1998.
Tal como dizia o escritor e poeta brasileiro Carlos Drummond Andrade “a leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. Pois bem, na actual sociedade mesmo que este gosto esteja enraizado numa pessoa, não se ficando apenas por uma ida à biblioteca para consultar qualquer publicação, gostando de ter a obra numa estante lá em casa, as dificuldades financeiras relegam para segundo plano a compra de um livro, até porque os preços chegam a ser exorbitantes. As editoras deviam ter um especial cuidado nesta matéria, baixando os valores, ou então o melhor é optar por uma visita às várias férias de antiguidades e velharias espalhadas pelo país, tal como a de Santo Tirso - segundo sábado de cada mês - e encontrar boas obras a preços imbatíveis. As feiras do livro realizadas no Verão são também outra solução a ter em conta, aproveitando-se os descontos do momento, ou estar atento às promoções feitas por algumas editoras nas suas páginas na internet. Porque, afinal a leitura deveria ser um bem ao serviço de todos!

terça-feira, 20 de março de 2012

Basta de precariedade!!!!!


Desde pequenos que nos incutiram a necessidade de um dia mais tarde termos um canudo na mão para quando chegarmos à idade adulta podermos ter uma vida mais estável e não passarmos pelas dificuldades da maioria dos nossos antepassados. O que é certo é que, agora, pouco ou nada vale ter uma formação académica… e ficamos a pensar como é possível termos passado, em média, 16 anos da vida a estudar e a lutar para termos um diploma numa área do nosso agrado, com grande sacrifício a nível psicológico e financeiro, para, no final, sermos contaminados com a precariedade no trabalho.
Esta é uma realidade que assola grande parte da população jovem em Portugal e que vai de encontro aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que no final de 2011 registou mais de 140 mil portugueses a trabalhar com recibos verdes, numa subida de 83 por cento em comparação com 2010.
Este foi o maior aumento de que há memória no país, até porque há dois anos, o número de trabalhadores a recibos verdes tinha descido em 5 por cento. E, segundo o mesmo estudo, são os portugueses com menos de 34 anos que mais trabalham através do regime de contratos de prestação de serviços, num total de 47,3 mil, sem esquecer os 39 mil licenciados a laborar neste regime precário, o que representa mais 13 por cento do que em 2010.
A tudo isto acrescem os cenários lamentáveis vivenciados em certas empresas, nas quais os ditos “colaboradores” a recibos verdes trabalham tanto ou mais do que um profissional da casa, cumprem um horário de trabalho normal, com direito a folgas e tudo mais, e, no final do mês, auferem um ordenado que mal dá para pagar os encargos com a Segurança Social. Nesta altura, o segundo escalão de descontos já ultrapassa os 196 euros, desembolsados na íntegra pelos trabalhadores ditos independentes. Só que estes, infelizmente, não têm direito a subsídio de desemprego nem baixa médica…mesmo doentes são obrigados a trabalhar porque, caso contrário, ficam nas ruas da amargura… e além de fazerem uma retenção na fonte de 21,5 por cento sobre o rendimento auferido, no final de cada trimestre ainda têm o IVA para pagar. Que país é este que ajuda os grandes empresários a alimentar os falsos recibos verdes, sem sofrerem qualquer punição? Pena que estes últimos ou alguns dos seus familiares não sofram na pele estas injustiças porque certamente aí a resposta do Governo seria outra. Solidária com todas estas vítimas apelo, cada vez mais, à mobilização do povo pela luta dos direitos de quem trabalha e faz o país andar. Estes, sim, merecem todo o nosso apoio e consideração porque, sem eles, Portugal estava estagnado. Ou, atrevo-me a dizer, já está bem perto da total estagnação se nenhuma medida for tomada por quem de direito…
Susana Cardoso

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher...

Mulher que guardas em ti a força de mil guerreiros
Que travas batalhas e vences obstáculos
Que tens o dom de dar à luz outro ser
Que contagias tudo e todos com o teu amor e sensibilidade
Conserva sempre o ser especial que és
Com uma luz e brilho intensos
Nunca deixes que te tirem isso
Por mais complicada que a vida possa parecer
Há sempre lá no fundo uma esperança
Um renascer, uma porta que se abre
Um sinal que nos é enviado dos céus
Nunca baixes as armas
Mantém o espírito de revolução bem aceso
É por ele que a minha alma se alimenta
É por ele que tenho energia para o dia-a-dia
Mulher...
Nunca queiras ser cópia de ninguém
Mantem-te fiel aos teus princípios
Às tuas ideologias e crenças
Não tenhas medo de dizer quem és
E para o que vieste
Não cales a tua revolta
Dá azo à tua liberdade
Nunca deixes de ajudar o próximo
E, acima de tudo, sê fiel a ti própria!
Não tenhas medo de dizer não
De mostrar que não concordas com algo
Lembra-te que és única e com brilho próprio!!!!!

Susana Cardoso

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Políticos ou humoristas?


De acordo com o resultado do rastreio da doença do pezinho, 2011 foi o ano com menos nascimentos em Portugal, não fugindo a uma tendência generalizada a nível europeu. Uma conclusão que causa uma natural apreensão e serviu para a realização de uma conferência, em Cascais, na passada quinta-feira, dia 17 de Fevereiro, no âmbito dos Roteiros do Futuro, promovidos pela Presidência da República. Na sua intervenção, Cavaco Silva apelou aos portugueses para olharem “o futuro além do calendário do programa de ajustamento e construir uma visão de longo prazo”. De facto, é muito fácil desta maneira quando, na realidade, os portugueses vivem cada vez mais em dificuldades económicas e nem era necessária a junção de especialistas de vários quadrantes para encontrar respostas para a baixa da natalidade. Então com o aumento drástico das taxas de desemprego e todas as medidas de opressão instituídas no país, com destaque para os cortes nos abonos de família e demais apoios sociais, perde-se toda e qualquer sustentabilidade futura.
Como é que um casal, que não tenha um considerável fundo de maneiro, pode pensar em ter filhos? O papel dos pais é tentarem proporcionarem a melhor vida possível aos seus rebentos, num lar onde reine o amor e a harmonia mas também uma certa estabilidade para fazer face às despesas correntes. Se assim não for, o melhor mesmo é adiar o aumento do núcleo familiar, para não se correr o risco de sermos invadidos por notícias de abandonos de recém-nascidos e o aumento de crianças entregues às instituições sociais.
E, sem recorrer a qualquer investigação mais profunda, à vista desarmada logo se depreende que esta é uma das causas do problema num país cada vez mais envelhecido e completamente estagnado. O Presidente da República fala em “construir uma visão a longo prazo” e eu pergunto: “Quais os incentivos para que tal aconteça?”. Estas palavras foram proferidas pelo mesmo responsável que há umas semanas chocou o país quando disse que “com os cortes a sua reforma mal daria para pagar as despesas”. Pelo menos, sentido de humor não falta aos nossos governantes, já que antes destas brilhantes palavras - num país onde muitos reformados mal conseguem pagar as despesas mensais de medicação - o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho lamentou o facto de “os políticos serem mal pagos”. Aconselho a estas duas personalidades uma visita ao país real para se darem conta da miséria que assola muitos lares e, nos quais, o futuro permanece uma incógnita.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Revoluçao precisa-se!!!!


Sim tenho um espírito rebelde e revolucionário que, agora, mais do que nunca, está à flor da pele. Nunca o país chegou ao estado actual, as medidas de repressão são diárias, é só cortes e mais cortes, falam em apertar o cinto mas já nao se aguenta mais, a miséria aumenta a cada dia que passa, a precaridade no trabalho com os falsos recibos verdes alastar de maneira assustadora, os idosos sao abandonados à sua sorte, as instituições sociais têm cada vez mais crianças sob a sua alçada, os valores principais vão-se perdendo...e tanto mais que poderia ser escrito sobre o estado a que isto chegou, tal como diz há algumas décadas o grande Salgueiro Maia, um dos impulsionadores da Revolução de Abril.
No meu entender, é preciso uma outra revolução, alguém que diga "basta" para uma reviravolta de 180 graus. Só que, no fundo, a maioria queixa-se e queixa-se, mas acaba por não fazer nada. Perdeu-se o princípio da união, porque todos juntos somos uma força mas muitos esquecem-se disso ou por medo de represálias ou porque, simplesmente, não estão para se chatear. De minha parte, sempre irei mostrar a minha revolta, quer seja pela escrita ou por um simples discurso, e posso dizer que neste Carnaval, com a farda de militar, senti mesmo que este é o meu verdadeiro "eu". Por isso dou vivas ao meu grande ídolo e força inspiradora... Che Guevara....Hasta Siempre Comandante.....Precisamos de mais pessoas como tu!!!!!

Parabéns minha estrela guia!!!!!

Hoje é um dia muito especial...o dia em que nasceu a mulher da minha vida, o ser humano mais fantástico que conheço, a minha melhor amiga, confidente, pela qual nutro um amor infinito...a minha mae esta de parabéns e para ela só desejo o melhor do mundo...é uma verdadeira força da natureza, tenho muito orgulho em ter uma mãe assim, que contagia tudo e todos com o seu carácter excepcional, capacidade de ajuda a quem mais precisa e tem sempre uma palavra de conforto!!! Amo te minha mae querida!!!!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Saudações ao amor



Saudações ao amor

Numa sociedade cada vez mais oprimida e receosa quanto ao futuro, inundada diariamente por notícias deprimentes quanto ao estado da Nação, o amor é a maior força do mundo capaz de nos manter vivos e fortes para superarmos cada obstáculo que nos surja pelo caminho. É a esse sentimento que nos devemos agarrar com toda a valentia porque, por mais cortes que nos façam e mais medidas de repressão que sejam aplicadas à vida de cada um de nós, a força do amor ninguém nos pode tirar. Quando puro, verdadeiro torna-se na estrela mais cintilante do universo, transforma todo o nosso ser, alimenta a nossa alma e faz-nos sentir as pessoas mais felizes do mundo.
Aqui refiro-me a todas as manifestações de amor; entre marido e mulher, que sejam duas forças unidas para sempre, casais de namorados que transmitem carinho e paixão por onde passam, amor pelos pais, os belos seres que nos deram à luz e que já gostavam de nós antes de nascermos, pelo prazer de viver, pelos irmãos de sangue ou de coração, amigos verdadeiros, idosos que são um poço de sabedoria e devem ser sempre tratados com toda a dignidade, familiares pelos quais sentimos uma forte empatia, animais que, tal como as crianças, são dos seres mais puros do mundo e nos fazem acordar com um sorriso e apreciar um simples gesto de afeição. Amor pelo esplendor da natureza, pelas flores que invadem os jardins na Primavera, por um simples pôr-de-sol, pelo cheiro da maresia, o prazer de captar com a objectiva pequenos instantâneos do dia-a-dia, sentir uma suave brisa no rosto, ouvir uma música bem relaxante ou mais mexida, de acordo com o nosso estado de espírito…enfim amor por pequenas coisas que nos fazem renascer, dar valor a cada dia e darmos graças a Deus por termos sido contemplados por esse belo sentimento.
Claro que só um coração aberto pode ser invadido por essa química especial, sendo capaz de dar e receber, transformando-nos em guerreiros de luz, coragem e esperança num futuro cada vez melhor. Por isso, não se esqueçam de diariamente dar saudações ao amor…e não só no dia dedicado a São Valentim (na passada terça-feira). Só assim, vão conseguir dar o real valor a pequenos gestos, simples atitudes, relegando os bens materiais para segundo plano. É bom ter estabilidade financeira mas se não houver amor nos nossos corações somos seres tristonhos que apenas passam pela vida sem a saber viver em toda a sua plenitude. Sorriso nos lábios, coração ardente, vontade em triunfar, coragem para subir à mais alta das montanhas, lutar com garra pelos nossos sonhos, sermos fieis aos nossos princípios e crenças, não nos deixarmos influenciar pelas opiniões alheias, sermos nós próprios em qualquer circunstância….esse sim é o lema!!!

Susana Cardoso

Fazer o que se gosta é uma dádiva

A minha experiência de vida permite me afirmar que uma das velhas máximas não podia ser mais certeira: Fazer o que se gosta é uma dádiva. Ti...