quinta-feira, 29 de março de 2012

Aparências que só iludem…


É com pena que assisto a uma sociedade cada vez mais desprovida de valores essenciais, como a fraternidade, solidariedade, capacidade de reivindicação, luta e de reacção perante as dificuldades. A maioria das pessoas opta por se fechar na sua própria concha e viver apenas agarrada às aparências, que, bem lá no fundo, só iludem. Nunca como agora estas palavras de Roberto Shinyashiki – psiquiatra, conferencista, empresário e escritor brasileiro, que nos seus livros aborda temas como a qualidade de vida e motivação – encaixam na realidade actual: “Seja uma pessoa que valoriza a essência, não a aparência. Cultive os valores mais profundos e não caia na tentação de se tornar um "super" num mundo de estrelas sem brilho próprio”.
De facto, tem razão…é vê-los e vê-las por aí a desfilar pelas ruas, com toda a pompa e circunstância mas se os virarmos de cabeça para baixo pouco ou nada se aproveita.
Perdeu-se quase tudo...a capacidade dos mais novos brincarem na rua recorrendo aos jogos tradicionais, mexeram na terra, correrem pelos campos…agora passam o tempo enfiados no quarto, agarrados à playstation ou a outras tecnologias do género.
Perdeu-se o valor de um sorriso e de um simples abraço....de ajuda ao próximo sem pedir nada em troca...do espírito de união para tentar mudar algo...da capacidade de reclamação a quem de direito pelos nossos direitos fundamentais. Queixam-se e queixam-se mas acabam por não passar das palavras aos actos!
Não sou melhor nem pior do que os outros, sinto-me apenas diferente, porque dentro de mim tento preservar valores que me foram transmitidos pelos meus pais e outros que adquiri ao longo da minha vivência....Sim, sou rebelde, tenho um espírito revolucionário bastante aceso mas é isso que me dá força e capacidade para lutar todos os dias!!! Graças a Deus que sou assim e cada vez menos me revejo nesta sociedade mesquinha e praticamente sem princípios.
Abram os olhos enquanto é tempo, acordem a vossa consciência e façam por ser diferentes…não se tornem fotocópias!!!

A leitura devia ser um bem ao serviço de todos

Comemorou-se na passada terça-feira o Dia do Livro Português, data instituída por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Autores para assinalar a primeira impressão de um primeiro livro em Portugal – o Pentateuco, escrito em hebraico e impresso a 26 de Março de 1487 nas oficinas do judeu Samuel Gacon, em Faro. Mas só dez anos mais tarde foi impresso no Porto o primeiro livro totalmente escrito em português, num processo conduzido por Rodrigo Álvares, com o título “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.
Certo é que ao longo dos tempos o livro tem contribuído para a evolução da Humanidade, sem esquecer a promoção da cultura, educação, ciência e história. Com autores e livros para todos os gostos ao dispor no mercado, esta data é também uma boa forma de homenagearmos e mantermos vivos na memória os grandes talentos nacionais da escrita, tanto os clássicos como os modernos, que através das suas próprias formas de expressão orgulham o país, com especial destaque para José Saramago, galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1998.
Tal como dizia o escritor e poeta brasileiro Carlos Drummond Andrade “a leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. Pois bem, na actual sociedade mesmo que este gosto esteja enraizado numa pessoa, não se ficando apenas por uma ida à biblioteca para consultar qualquer publicação, gostando de ter a obra numa estante lá em casa, as dificuldades financeiras relegam para segundo plano a compra de um livro, até porque os preços chegam a ser exorbitantes. As editoras deviam ter um especial cuidado nesta matéria, baixando os valores, ou então o melhor é optar por uma visita às várias férias de antiguidades e velharias espalhadas pelo país, tal como a de Santo Tirso - segundo sábado de cada mês - e encontrar boas obras a preços imbatíveis. As feiras do livro realizadas no Verão são também outra solução a ter em conta, aproveitando-se os descontos do momento, ou estar atento às promoções feitas por algumas editoras nas suas páginas na internet. Porque, afinal a leitura deveria ser um bem ao serviço de todos!

terça-feira, 20 de março de 2012

Basta de precariedade!!!!!


Desde pequenos que nos incutiram a necessidade de um dia mais tarde termos um canudo na mão para quando chegarmos à idade adulta podermos ter uma vida mais estável e não passarmos pelas dificuldades da maioria dos nossos antepassados. O que é certo é que, agora, pouco ou nada vale ter uma formação académica… e ficamos a pensar como é possível termos passado, em média, 16 anos da vida a estudar e a lutar para termos um diploma numa área do nosso agrado, com grande sacrifício a nível psicológico e financeiro, para, no final, sermos contaminados com a precariedade no trabalho.
Esta é uma realidade que assola grande parte da população jovem em Portugal e que vai de encontro aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que no final de 2011 registou mais de 140 mil portugueses a trabalhar com recibos verdes, numa subida de 83 por cento em comparação com 2010.
Este foi o maior aumento de que há memória no país, até porque há dois anos, o número de trabalhadores a recibos verdes tinha descido em 5 por cento. E, segundo o mesmo estudo, são os portugueses com menos de 34 anos que mais trabalham através do regime de contratos de prestação de serviços, num total de 47,3 mil, sem esquecer os 39 mil licenciados a laborar neste regime precário, o que representa mais 13 por cento do que em 2010.
A tudo isto acrescem os cenários lamentáveis vivenciados em certas empresas, nas quais os ditos “colaboradores” a recibos verdes trabalham tanto ou mais do que um profissional da casa, cumprem um horário de trabalho normal, com direito a folgas e tudo mais, e, no final do mês, auferem um ordenado que mal dá para pagar os encargos com a Segurança Social. Nesta altura, o segundo escalão de descontos já ultrapassa os 196 euros, desembolsados na íntegra pelos trabalhadores ditos independentes. Só que estes, infelizmente, não têm direito a subsídio de desemprego nem baixa médica…mesmo doentes são obrigados a trabalhar porque, caso contrário, ficam nas ruas da amargura… e além de fazerem uma retenção na fonte de 21,5 por cento sobre o rendimento auferido, no final de cada trimestre ainda têm o IVA para pagar. Que país é este que ajuda os grandes empresários a alimentar os falsos recibos verdes, sem sofrerem qualquer punição? Pena que estes últimos ou alguns dos seus familiares não sofram na pele estas injustiças porque certamente aí a resposta do Governo seria outra. Solidária com todas estas vítimas apelo, cada vez mais, à mobilização do povo pela luta dos direitos de quem trabalha e faz o país andar. Estes, sim, merecem todo o nosso apoio e consideração porque, sem eles, Portugal estava estagnado. Ou, atrevo-me a dizer, já está bem perto da total estagnação se nenhuma medida for tomada por quem de direito…
Susana Cardoso

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher...

Mulher que guardas em ti a força de mil guerreiros
Que travas batalhas e vences obstáculos
Que tens o dom de dar à luz outro ser
Que contagias tudo e todos com o teu amor e sensibilidade
Conserva sempre o ser especial que és
Com uma luz e brilho intensos
Nunca deixes que te tirem isso
Por mais complicada que a vida possa parecer
Há sempre lá no fundo uma esperança
Um renascer, uma porta que se abre
Um sinal que nos é enviado dos céus
Nunca baixes as armas
Mantém o espírito de revolução bem aceso
É por ele que a minha alma se alimenta
É por ele que tenho energia para o dia-a-dia
Mulher...
Nunca queiras ser cópia de ninguém
Mantem-te fiel aos teus princípios
Às tuas ideologias e crenças
Não tenhas medo de dizer quem és
E para o que vieste
Não cales a tua revolta
Dá azo à tua liberdade
Nunca deixes de ajudar o próximo
E, acima de tudo, sê fiel a ti própria!
Não tenhas medo de dizer não
De mostrar que não concordas com algo
Lembra-te que és única e com brilho próprio!!!!!

Susana Cardoso

Fazer o que se gosta é uma dádiva

A minha experiência de vida permite me afirmar que uma das velhas máximas não podia ser mais certeira: Fazer o que se gosta é uma dádiva. Ti...