Comemorou-se na passada terça-feira o Dia do Livro Português, data instituída por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Autores para assinalar a primeira impressão de um primeiro livro em Portugal – o Pentateuco, escrito em hebraico e impresso a 26 de Março de 1487 nas oficinas do judeu Samuel Gacon, em Faro. Mas só dez anos mais tarde foi impresso no Porto o primeiro livro totalmente escrito em português, num processo conduzido por Rodrigo Álvares, com o título “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.
Certo é que ao longo dos tempos o livro tem contribuído para a evolução da Humanidade, sem esquecer a promoção da cultura, educação, ciência e história. Com autores e livros para todos os gostos ao dispor no mercado, esta data é também uma boa forma de homenagearmos e mantermos vivos na memória os grandes talentos nacionais da escrita, tanto os clássicos como os modernos, que através das suas próprias formas de expressão orgulham o país, com especial destaque para José Saramago, galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1998.
Tal como dizia o escritor e poeta brasileiro Carlos Drummond Andrade “a leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. Pois bem, na actual sociedade mesmo que este gosto esteja enraizado numa pessoa, não se ficando apenas por uma ida à biblioteca para consultar qualquer publicação, gostando de ter a obra numa estante lá em casa, as dificuldades financeiras relegam para segundo plano a compra de um livro, até porque os preços chegam a ser exorbitantes. As editoras deviam ter um especial cuidado nesta matéria, baixando os valores, ou então o melhor é optar por uma visita às várias férias de antiguidades e velharias espalhadas pelo país, tal como a de Santo Tirso - segundo sábado de cada mês - e encontrar boas obras a preços imbatíveis. As feiras do livro realizadas no Verão são também outra solução a ter em conta, aproveitando-se os descontos do momento, ou estar atento às promoções feitas por algumas editoras nas suas páginas na internet. Porque, afinal a leitura deveria ser um bem ao serviço de todos!
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