quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Tributo de Pedro Abrunhosa a Nelson Mandela que hoje partiu :-(

O Tempo que temos é finito. Eterna apenas a Obra que deixarmos: vivemos, pensámos, agimos. Eis a nossa marca. A Vida não deve ser, em nenhuma circunstância, um acto impassível de contemplação perante o fatal rodar dos ponteiros, mas uma permanente revolta interior de busca por uma existência mais digna, para nós e para todos. 
Há Homens que nunca se deixam dominar, que não se subjugam à falsa inevitabilidade do destino dedicando todas as suas energias a mudá.lo. Durante a tentativa, alguns conseguem-no, arrastando toda a Humanidade na sua peugada, na sua difícil dialéctica de cavalgar os dias. Contudo, tentar, é já uma forma maior de se fazer prova de vida, de mudança, de futuro, de inconformidade. E essas são as características que nos separam de todas as espécies existentes: o destino do Homem não é ser escravo. É libertar-se
Nelson Mandela é um exemplo que moldará para sempre a maneira como se escreverá a História do Mundo. Quando injustiçado, lutou. Quando preso, resistiu. Quando eleito Presidente da Republica, perdoou. E aos que durante décadas o torturaram, humilharam e privaram da liberdade, mostrou, como só os magnânimos sabem fazer, que os inimigos apenas duram o tempo que lhes concedermos, e ao terem agido por ignorância, isso não faz deles maus, mas homens. E assim, Mandela venceu. Por nós, tinha que vencer.
Hoje, findo o tempo da sua existência terrena, acredito que se tornará poeira a sua matéria, e Infinito o infinito legado que deixa à Humanidade.
Vives em mim. Viverás assim em tantos e tantos mais. Obrigado, Madiba!' 


Pedro Abrunhosa

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