Finalmente uma boa notícia. A partir do dia 11 de Março foi
proibido, pela União Europeia, o uso de animais em testes na fabricação de
cosméticos comercializados na Europa. Claro que como, até ao momento, ainda não
foi possível encontrar uma técnica de substituição à altura, os responsáveis
pela Comissão Europeia reconheceram que esta medida não poderá ainda ser
praticada na íntegra, tendo sido aprovadas algumas excepções à regra
instituída. Mas não deixa de ser um passo importante nesta área e, por isso, as
pesquisas vão ser intensificadas para evitar o sacrifício de animais em testes
de laboratório, num setor que, de 2007 a 2011, recebeu cerca de 238 milhões de
euros em
financiamento. E , desde a passada segunda-feira, está também
expressamente proibida a comercialização, no âmbito europeu, de qualquer
produto de cosmética que tenha utilizado os animais em testes durante o seu
processo de fabrico. “A União deve difundir o seu modelo e defendê-lo junto aos
seus parceiros comerciais, mas também agir para que os métodos de substituição
às experiências com animais sejam aceites no mundo inteiro. A Comissão fará
desta questão uma das prioridades da União Europeia, em termos de
comercialização e cooperação internacional. É um belo dia para os animais, para
os consumidores, para ciência e para a indústria da beleza”, comentou, na
altura, Tonio Borg, comissário para a Saúde e os Consumidores.
Um dos maiores fabricantes deste setor, a francesa L´Oréal,
comunicou que já tinha antecipada a entrada em vigor da nova legislação,
afirmando que “há muitos anos que a empresa não faz testes em animais e não
vende produtos onde tenha sido usado essa técnica” para despiste sobretudo dos
níveis de toxicidade, de modo a prevenir, por exemplo, o cancro.
Congratulo-me com esta notícia porque da forma como a
ciência evolui de dia para dia há sempre outras formas de se testar os produtos
antes destes saírem para os mercados e, para tal, não é preciso sujeitar os
animais a estas maldades, capazes de os levarem à morte. Para isso já basta a
dura realidade enfrentada por milhares de seres que, infelizmente, são
abandonados à sua sorte pelas ruas do nosso país por pessoas sem o mínimo de
carácter e princípios, já para não falar dos maus-tratos. Há legislação em vigor
para combater estas atrocidades mas é muito difícil de ser aplicada e acho que
as medidas deviam ser ainda mais duras. Porque ter um animal não é um mero
objeto de decoração mas sim um ser que só necessita de amor e carinho, e, em
troca, dá-nos tantas coisas positivas, tornando a nossa vida muito melhor. Falo
em nome do meu cão e dos meus nove gatinhos, que, para mim, têm mais valor do
que muita gente que por aí anda.
Susana Cardoso