sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Um país assim não pode crescer!


Infelizmente, parece que a população mais jovem está a seguir o lamentável repto deixado por Passos Coelho há alguns meses quando incentivou os portugueses a encontrarem outro rumo na vida no estrangeiro. Isto porque de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) entre Junho do ano passado e Junho deste ano 65 mil jovens, na sua maioria recém-licenciados, saíram de Portugal à procura de um melhor futuro. E, só no primeiro semestre deste ano, 44 mil cidadãos, entre os 25 e os 34 anos, saíram do país, por entre uma imensa tristeza como já foi possível constatar em inúmeras reportagens televisivas, porque para trás deixaram os seus familiares e amigos rumo a uma aventura no desconhecido.
Jorge Malheiros, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, afirmou, na semana passada, em declarações à TSF “que a queda foi mais acentuada entre os homens, sendo o sexo masculino o mais afectado pela crise e pelo desemprego”.
Este é mais um resultado da famigerada crise que afeta o país e o mais grave é que estamos a perder mão-de-obra de qualidade, aproveitada, depois, por outros países. Como lhes oferecem melhores condições de vida, em todos os aspetos, estes emigrantes lusos acabam por se destacar nas diversas áreas em que se especializaram, designadamente no que toca às ciências e investigação. Pergunto: é este o futuro que queremos para o nosso país?
Assim como poderemos inverter as tendências negativas da economia e conseguir o tão desejado crescimento que nos permita sair do grande sufoco em que quase todos nós nos encontramos? Estas e outras perguntas gostava mesmo de colocar aos nossos governantes, porque nada estão a fazer para travar este flagelo. Antes pelo contrário! Às tantas, digo eu, até lhes convém que os jovens recém-licenciados emigrem para que as filas nos Centros de Emprego diminuam e a taxa de desemprego não aumente.
Mais uma triste consequência da forma como somos governados que, ao invés de incentivarem os mais novos - na sua maioria com grandes capacidades intelectuais, comprovadas pela sua formação e especialização - a lutarem pelo crescimento de um país à beira da estagnação, prefere mandá-los para outras paragens. Lamentável!!!!!

Susana Cardoso

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